As oito faixas do disco surpreendem até mesmo quem conhece de perto o trabalho do mestre de cerimônias, sempre aguçado. O conteúdo das faixas faz jus à bagagem cultural, o flow desenvolvido e as rimas inesperadas aliadas às produções que vão do peso do rap clássico à potência contemporânea do gênero, traduzem uma personalidade que mantém os dois pés no Hip Hop e sereinventa a cada experiência artística.
O CaminhoDeZion é um convite a viajar pela realidade urbana e acreditar que é possível conspirar para subverter a Nova Ordem Mundial. Universal como o Hip Hop, recheado de analogias e referências que passeiam pelos elementos desta cultura, pela sétima arte e fluem até os games, mostra que a contestação social pode acontecer por vias inexploradas.
O ser humano oprimido pela decadência de valores e sentimentos comoo respeito, a confiança, o amor e a gratidão toma corpo e voz através dosversos do autor. O ideário defendido por líderes como Ghandi, KrsOne, Bob Marley, Buda, MalcomX, Martin Luther King ganha sopro e respira na contracultura, bem representada pelo rap de Monge.
Foto Rafael Gaia
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